Aloha!
Estava com um tempo livre e resolvi escrever algo sobre algumas plantas de poder, ai vai:
Argyreia nervosa
“Hawaiian baby woodrose”
Familia : Convolvulaceae
Gênero : Argyreia
Espécie : nervosa
Informações Gerais
Conhecida como: Hawaiian baby woodrose, Cordão de seda, Trepadeira elefante, Morning Glory prateada, Woolly Morning Glory. Nativa da Índia oriental e Bangladesh, também se encontra presente nas ilhas pacificas da Polinésia Francesa, Hawaii e Tonga. Cresce apoiada em outras árvores ou suportes e pode chegar a medir 9 m ou mais. As folhas tem forma de coração e geralmente medem de 15 – 25 cm de comprimento e 13 – 2,0 cm de largura. Sépalas medindo 1,3 – 1,5 cm. As flores tem forma de trompete, medindo 5 – 7,5 cm de comprimento e saem das axiais das folhas. Os frutos são lenhosos e medem 1 – 2 cm de diâmetro. Os frutos secos são muito usados como artigos decorativos, são chamados de rosa de madeira (wood rose) porque as sépalas que ficam em volta dos frutos também são lenhosas, gerando um aspecto de uma flor de madeira.
Efeitos
Pode-se ter alterações na percepção visual de formas e cores, clareza ou confusão mental, sensação de leveza ou peso no corpo, e outros. Podem durar de 6 a 10 horas.
Cultivo
Deve-se deixar a semente mergulhada em água por cerca de 12 horas para quebrar a dormência, após isso se deve enterrar a semente cerca de 0,5 cm no solo. O Solo deve ter boa drenagem. È uma planta que gosta de sol e água em abundância. Tem um sistema radicular (raízes) muito grande e forte, por isso não se desenvolve bem em vasos, necessitando estar plantada direto no chão para que tenha um bom crescimento. Pode-se retirar mudas por “cortes” de plantas adultas.
Chacrona – uma visão geral do principal componente da Ayahuasca.
Espécies: Psychotria viridis, P. carthaginensis, P. horizontalis, P. stenostachya, P. alboviridula, P. brachiata, P. beccaroides, P. brachybotrys, P. capitata, P. cuspidata, P. egensis, P. erecta, P. involucrata, P. iquitosensis, P. loretensis, P. lupulina, P. macrophylla, P. marginata, P. pilosa, P. poeppigiana, P. racemosa, P.l rufescens, P. uliginosa, e outras.
Outras espécies que ainda não tem registro botânico são descritas por xamãs e indígenas.
Família: Rubiaceae
Gênero: Psychotria
Espécie: virids
Nomes populares: Chacrona, Amirucapanga.
O ingrediente clássico da Ayahuasca, usada na Amazônia peruana, equatoriana e brasileira. Psychotria virids é uma árvore pequena ou um arbusto, medindo até 4,5 m. Seu uso foi documentado pelas tribos indígenas Sharanahua e Culina do sudoeste da bacia amazônica, pelos índios Kofá da Amazônia colombiana e equatoriana, pelos Kashinahua do oeste Peruano e Brasileiro, assim como pelos Taraucá do Acre (Brasil), dentre outros.
Dita ser adicionada à Ayahuasca para aumentar a “vida” das visões. Analises mostram a forte presença de uma triptamina dimetilada (N,N-dimetiltriptamina) assim como traços de N-metiltriptamina e 2-metil-tetrahidro-beta-carbonila (MTHC). Esses componentes não são ativos por si só quando administrados por via oral, pois são metabolizados pela enzima estomacal monoamino oxidase (MAO), isso ocorre pelo fato dessas triptaminas serem similares a neurotransmissores endócrinos. O complexo de beta-carbonilas contido na Ayahuasca é responsável por inibir a ação da monoamino oxidase (MAO), e são chamados de inibidores da MAO ou IMAO. Quando as folhas de chacrona são combinadas com os inibidores enzimáticos (IMAO), uma ação sinérgica entre as duas plantas e suas enzimas estomacais provoca uma das mais misteriosas experiências da natureza, arcaica, porém farmacologicamente sofisticada.
Peyote
FAMILIA : Cactaceae
GÊNERO : Lophophora
ESPECIES : williamsii, diffusa
DESCRIÇÃO
Peyote (Lophophora williamsii) é um pequeno cactus em forma de botão de diametro a volta de 10cm. Ele cresce no México (no deserto que vai do norte ao centro-sul) e no Sudoeste dos EUA (Ja vi muitos, quando fiz intercâmbio lá, no Arizona e no Novo Mexico. No Texas eles existem, mas são mais raros, podendo ser achados na fronteira, perto de El Paso).
Peyote é um alucionógeno, produzindo significantes mudanças nos campos visual, físico e perceptual. É tradicionalmente seco e comido em um ritual preparado a induzir visões (ou para nós brancos, alucinações visuais) e já vem sido usado por índios mexicanos por milhares de anos
Mesmo o Peyote sendo usado de forma recreativa por alguns, é difícil (eu diria que no Brasil MUITO dificil) de se achar o cactus, fresco ou seco, no "mercado das ruas". Existe uma preocupação com a colheita em massa de Peyotes na natureza, já que um botão pode demorar de 5 a 15 anos para ficar maturo, pronto para consumo
SALVIA DIVINORUM
Salvia divinorum é uma espécie do gênero Salvia. Existem aproximadamente 1000 espécies de mundo todo, mas apenas a Salvia divinorum é a espécie conhecida que induz visões. A Salvia é um membro de uma grande família de plantas conhecidas como Labiatae. A menta é um grande conhecido membro desta família, por isso algumas vezes se referem a esta família como a da menta. Salvia divinorum dá uma bonita planta para casa, podendo ser cultivada somente por isto, mas a maioria das pessoas cultivam interessadas nos fascinantes efeitos psicoativos.
O nome botânico Salvia divinorum significa "Sage of the Diviners." Nas condições certas, usada da maneira correta, a Salvia produz um estado único de “inebriação divina”. Por centenas de anos, ela foi usada em cerimônias religiosas e de cura pelos Índios Mazatec, que vivem na província de Oaxaca, no México.
Os efeitos da Salvia são completamente diferentes do álcool; mas como o álcool, prejudica a coordenação. NUNCA DIRIJA SOB INFLUÊNCIA DA SALVIA – PODE SER FATAL!
De várias formas a Salvia divinorum é classificada por si mesma. Nenhuma outra erva ou droga é realmente parecida com a Salvia. Seria um engano compara-la com outras substâncias psicoativas. Ela é única em suas qualidades de erva visionária.
A Salvia contém uma substância química chamada salvinorina A (na maioria das vezes apenas chamada de salvinorina). A salvinorina é responsável pelas alterações da mente causadas pela Salvia. Não é quimicamente relacionada com qualquer outra droga psicoativa. Infelizmente a maior parte dos componentes visionários não são alcalóides. Embora a salvinorina seja extremamente forte. Doses de apenas algumas centenas de microgramas (milionésimo de grama) fazem efeito e doses acima de 1 miligrama (1/1000 de um grama) são muito fortes para a maioria das pessoas lidarem com isto confortavelmente. Pela sua extrema potência, a Salvinorina nunca dever ser usada sem que a dosagem seja medida com extrema exatidão por uma balança química. Felizmente a folha de Salvia é centenas de vezes mais fraca que a salvinorina pura; conseqüentemente as folhas de Salvia podem ser usadas com maior segurança que a salvinorina pura.
A folha de Salvia é fisicamente muito segura. Ela é muito suave para com o corpo. Ninguém nunca morreu por overdose de Salvia. A Salvia não é um estimulante, nem sedativo, nem narcótico, nem tranqüilizante. Como muitos outros enteógenos, ela induz visões, ainda que sejam totalmente diferentes dos outros enteógenos. Dale Pendell em seu livro “Pharmako/Poeia, designa a Salvia divinorum para uma única classe farmacológica, que ele chama de “existentia”. Esse termo é uma alusão à iluminação filosófica provocada pela Salvia, fazendo-a brilhar na natureza da existência de si mesma. Daniel Siebert propôs o termo “encantógeno”—um neologismo que significa “a substância que produz encantamento”.
E o meu preferido: cogumelos, os psilocibes, em especial psilocibes cunensis.
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COGUMELOS:
Distribuição
A grande maioria destas espécies tem por habitat a América Central, em especial o México; entretanto, algumas destas espécies podem ser encontradas em outros locais do mundo, e o Psilocybe cubensis é cosmopolita.
Ele pode ser visto frutificando em pastos nas épocas quentes e chuvosas do ano em regiões tão diversas como os Estados Unidos, o Camboja, a Austrália, a Colômbia, o Brasil.
Ao contrário dos outros gênero que contêm psilocibina, que com poucas exceções são quase que estritamente endêmicos, o P. cubensis é facilmente encontrado em toda a região equatorial e tropical do globo, e até além. O essencial é que haja uma estação chuvosa e quente, mesmo que no restante do ano o clima seja frio.
Habitat
O habitat preferido dos Psilocybe é o esterco bovino, e sua distribuição global sem dúvida foi estimulada pela indústria pecuária mundial. Já se supôs que essa distribuição tenha sido causada pela pecuária, mas os registros do cogumelo em regiões da Europa e da América na era pré-colombiana parecem sugerir que ele já existia nestes locais antes. A sua identificação com o soma Védico demonstra isso claramente, assim como os registros históricos de cultos pré-colombianos muito antigos.
O P. cubensis é provavelmente o único gênero que tem esta distribuição global, de modo que pode-se supor que ou ele é a espécie original e os demais são variantes, ou ele foi a espécie mais bem sucedida de todo o gênero, tomando o lugar de espécies nativas, e mais estimulada ainda pela pecuária global. Esta associação íntima com os humanos através do gado domesticado provavelmente existe desde que a humanidade adquiriu tecnologia pastoral.
No entanto, embora o habitat preferido seja o estrume bovino, estrume de qualquer animal, doméstico ou selvagem, desenvolve perfeitamente o fungo, chegando à frutificação sem problemas. Já houve registro de frutificação sobre esterco humano. Além do estrume, já têm sido registrados casos de frutificação em outros substratos, muito variados, e mesmo com locais que podem ter tido estrume em alguma época anterior.
O próprio autor já verificou sua presença em um velho vaso de plantas doméstico no qual há mais de um ano não havia nada plantado, e cuja terra foi deixada sem rega durante todo este tempo: ao ser exposto a uma chuva casual, desenvolveu-se um corpo frutífero perfeitamente formado, atingindo a maturidade e dispersando esporos. Mas seu mais comum e confiável habitat é sobre esterco de vaca, sempre em potreiros
Morfologia
O corpo frutífero do Psilocybe cubensis tem chapéu cor de palha, de um amarelo pálido ou caramelo, víscido, tornando-se azul por pressão. Chapéu 1,5 a 8 cm de largura, cônico, em forma de sino, tornando-se convexo com a idade, víscido, sem pelos, de esbranquiçado a amarelo pálido, comumente cor de palha, tendendo para o marrom com a idade, com manchas azuladas com o envelhecimento.
Carne firme, branca, azul quando ferida. Lamelas adnatas (ligadas diretamente ao estípite) ou adnexas (separando-se imediatamente ao estípite), firmes e chanfradas, juntas, de cor cinza, tornando-se violeta-acinzentadas com a idade, com bordas brancas. Estípite (v. Anexo A) com anel membranáceo persistente (restos do véu parcial), firme e tenaz, com altura média de 10 cm, com variações de 4 a 15 cm, 4 a 14 mm de espessura, alargando-se um pouco próximo à base ou volva, seco, sem pelos, branco, manchando-se de azul quando ferido.
Véu universal branco, deixando um anel membranoso superior, sem deixar escamas. Esporos com medidas de 10-17 µm por 7-10 µm, de formato elíptico a oval em vista lateral, de paredes espessas, com um grande poro no ápice. Impressão de esporada de cor variando de púrpura a marrom. Cistídios (células vegetativas) nas bordas das lamelas em forma de bastão com cabeças arredondadas.
A carne destes cogumelos tem a característica de se manchar de azul quando ferida ou quebrada. Esta reação é aparentemente uma oxidação enzimática de algum substrato indólico, como triptofano, 5-hidroxitriptamina ou psilocibina, e é um indicador confiável da presença de psilocibina não só nos Psilocybe como também nos gêneros relacionados; no entanto, não é uma reação exclusiva, uma vez que outros gêneros não relacionados, como Russula ou Boletus também a apresentam, só que nestes casos essa reação não tem relação com a presença de substratos indólicos; entretanto estes outros gêneros têm uma morfologia completamente diferente, de modo que não há como confundi-los.
Ciclo Vital
Os Psilocybe pertencem à Classe Basidiomycetes, de modo que são chamados basidiomicetos, ou seja, são caracterizados pela produção de esporos em estruturas em forma de bastão chamadas basídios, esporos estes que são chamados basidiósporos. A maioria dos fungos macroscópicos que podemos encontrar são membros da Subclasse Holobasidiomicetidae. Os cogumelos lamelados pertencem à Ordem Hymenomycetales. O ciclo vital do Psilocybe ocorre da seguinte forma
os basidiósporos germinam para formar uma hifa monocariótica. A hifa é um filamento tubular, e um agregado de hifas forma uma massa de filamentos à qual chamamos de micélio. O micélio é o corpo principal, ou talo, de um fungo. Este é o fungo propriamente dito; o que chamamos de cogumelo é, na verdade, apenas o chamado corpo frutífero, a estrutura reprodutora, que produz os esporos, e constitui apenas uma pequena porção da massa total do fungo; a grande maioria do corpo do organismo existe subterraneamente na forma de uma grande rede de micélio, que frutifica produzindo os cogumelos, quando sob condições apropriadas. Um único fungo pode produzir vários corpos frutíferos, ou cogumelos.
Com a continuação da produção das hifas monocarióticas, elas acabam
tornando-se um micélio monocariótico. Este micélio cresce até encontrar um outro
micélio monocariótico, germinado a partir de outro esporo, que seja um tipo compatível para a reprodução. Se o micélio monocariótico não encontrar um outro compatível, ele acaba morrendo, eventualmente. Quando dois micélios monocarióticos compatíveis entram em contato, ocorre um processo chamado somatogamia, que é a fusão de células somáticas dos dois micélios. Entretanto, neste processo, não ocorre a fusão dos núcleos, ou seja, forma-se um micélio dicariótico, com dois núcleos por célula.
O estágio de micélio dicariótico é a fase mais prolongada do ciclo vital do fungo, e o estágio de maior assimilação de nutrientes. O micélio dicariótico pode continuar vivendo indefinidamente, crescendo apenas vegetativamente, sem entrar em um estágio de reprodução sexual e produção de esporos.
Entretanto, havendo condições apropriadas, o micélio dicariótico pode ser induzido à frutificação. O talo micelial indiferenciado começa a se modificar em uma estrutura produtora de esporos, o cogumelo. Ele continua a crescer e aflora no solo, incorporando mais e mais micélio ao mesmo tempo em que se expande por absorção de água.
Em um certo ponto do crescimento do cogumelo, então chamado basidiocarpo, estruturas em forma de bastão chamadas de basídios se formam na parte inferior da lamelas. Nestas estruturas ocorre a cariogamia, a fusão dos dois núcleos das células do micélio dicariótico, iniciando o único estágio diplóide do ciclo vital, que também é o estágio mais fugaz, porque a meiose ocorre quase imediatamente, criando quatro núcleos haplóides no interior do basídio, que então são deslocados para fora do basídio e ficam cercados de bainhas que formam os basidiósporos.
Desta forma, cada basídio passa a apresentar quatro basidiósporos na sua superfície. Estes basidiósporos eventualmente se destacam do basídio e reiniciam o ciclo vital outra vez, germinando para criar hifas monocarióticas.
O cogumelo cresce em tamanho e rompe o véu universal ao aflorar do solo. Depois, com o crescimento, acaba por romper o véu parcial formando o anel, e liberando os esporos.
No caso do P. cubensis e espécies relacionadas, e na verdade a maioria das espécies que produzem psilocibina, a compatibilidade entre os micélios monocarióticos é extremamente complexa geneticamente, porque eles são heterotálicos (que tem o talo separável em duas ou mais cepas sexuais morfologicamente similares, com a conjugação ocorrendo apenas quando tipos compatíveis são pareados) e tetrapolares (condição de compatibilidade sexual em que dois grupos de fatores estão envolvidos, tais como A e a, e B e b), de modo que os dois grupos de fatores genéticos têm que ser diferentes nos dois exemplares para que ocorra a somatogamia.
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gostei , posta mais sobre dormencia das sementes da chacrona . . . grato.
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